domingo, 28 de novembro de 2010

Relatório da oitava aula na turma do 1° ano

18/11/2010                 8ª aula             Quinta-feira
            Hoje há doze alunos presentes na turma. As crianças irão se juntar à turma do 2° ano para assistirem um desenho. O título do filme é “Kiriku e a Feiticeira”. A professora explicou que o desenho é sobre uma tribo africana, e a história gira em torno de um menino chamado Kiriku e uma feiticeira.
            As crianças começaram a assistir ao filme, todos os alunos estavam bem atentos, demonstrando interesse pela história. Ao meio dia eles foram interrompidos por causa do recreio, e quando retornaram, as professoras deram continuidade ao filme. No decorrer, já percebi que alguns alunos foram ficando meio dispersos, pois, já estavam bastante tempo sentados, embora a maioria ainda tenha permanecido atenta ao vídeo.
            O filme acabou às 13:00 horas, ou seja, teve em média uma hora e meia de duração. O filme contava a história de um menino muito valente, que já conversava com sua mãe desde o ventre e que era muito inteligente e destemido. Por causa de sua grande coragem, o menino Kiriku trouxe paz e liberdade para seu povo, pois conseguiu libertar a feiticeira de seu feitiço. Esta, por sua vez, quando liberta, beijou o menino para agradecê-lo e acabou por libertá-lo, pois não crescia, e assim tornou-se um belo rapaz, alto e imponente. Os dois casaram-se e viveram felizes.
             Depois de assistirem ao desenho, a turma do 1° ano retornou para sua sala, e a professora pediu que as crianças fizessem o desenho do Kiriku e da feiticeira, mas não conversou com eles sobre o assunto, perguntando apenas se gostaram do filme. As crianças disseram que sim.
            Assim, os alunos desenharam e pintaram no caderno, segundo a percepção de cada um. Depois de aproximadamente meia hora, quando os alunos já haviam terminado o desenho, a professora distribuiu uma folhinha para que lessem algumas palavras e separassem, segundo as espécies (anexo). Deu tempo para as crianças fazerem o exercício, e enquanto isto, foi colando nos cadernos os exercícios para casa. Algumas palavras as crianças não sabiam o significado, como capivara e canário, mas depois que descobriam que eram espécies animais, conseguiram fazer a atividade.  
            A professora pediu que escrevessem o nome completo na folhinha, e conforme foram terminando, ela colava as folhas no caderno de aula. Depois deste momento, foi pedindo às crianças que já tinham acabado que guardassem o material, pois já se aproximava o horário da saída.


Sétima aula na turma do primeiro ano

17/11/2010                 Quarta –feira              7ª aula
            Para iniciar a aula, a professora faz um desenho de um osso e  de uma rosa e escreve as palavras:

Desenho do osso                         OSSO
                                                                             
                                                                              O som do S


Desenho da rosa                          ROSA
                                                                             
                                                                                O som do Z

            Depois, pede para os alunos copiarem e explica, que os dois [SS] juntos tem um som forte, e que o [S] no meio da palavra tem som de [Z]. Em seguida, passa esta atividade:

1 – Leia e enumere:



Essa       
Nosso
Tosse 
Vassoura
Missa

Assinatura 
Sossego
Assado 
Isso 
Amassado 


            A professora repetiu o mesmo procedimento dos outros dias, ou seja, as crianças copiam as palavras e depois numeram conforme ela dita. Depois, faz a correção, pede para os alunos levarem o caderno para dar o visto e passa a próxima atividade, que foi esta que vem a seguir. Depois de copiar, a professora pediu que guardassem o material, pois já se aproximava a hora do recreio.

2 – Leia e desenhe:
O cachorro enterrou o osso

O pássaro fugiu da gaiola 

A vassoura caiu no chão

            Os alunos fizeram essa atividade após o recreio. Demoraram um pouco, pois, tinham que saber o que estava escrito para poderem desenhar. As vezes, ficam um pouco impacientes tentando “advinhar” o que está escrito. Mas com ajuda da professora, conseguiram ler. Levaram em média uns quarenta minutos para realizar este exercício. Aos que foram terminando, a professora deu um desenho para pintar. Passado algum tempo, a professora verificou que todos já haviam terminado, então foi fazer a correção.
            Na hora da correção, a professora pergunta: Qual foi o nº 1? - As crianças respondem: - vassoura. A professora pergunta: Vassoura começa com que letra? – “va”, respondem os alunos. Então ela prossegue - vamos ver o restante vas-sou-ra. As crianças foram lendo sem dificuldades e assim ela  prosseguiu até o final das palavras.    Depois da correção, a professora distribuiu uma folhinha (em anexo), para  as crianças lerem e escrever. As crianças que iam, terminando a professora pedia para fazer de 0 a 50 eram 13:15hs
                                 
                                                              
Hoje as turmas saíram as 14:00hs.       

         

Intervenção na turma do 1° ano

  Hoje, 23/11/2010, terça-feira -  é a minha primeira aula na turma do 1° ano. Confesso que estava muito preocupada em não conseguir “dar conta do recado”, pois esta é uma experiência inédita. Havia na turma 9 alunos.
            Para introduzir a aula, disse aos alunos que iria contar para eles uma história, pedi que prestassem bastante atenção, pois, iríamos fazer algumas  “brincadeiras” com as palavras.
            Escolhi o conto “Os três porquinhos”. As crianças ficaram atentas, algumas vezes interagiam. Depois de contar a história, escrevi no quadro dezoito palavras que eu já havia selecionando anteriormente. Escrevi em letra bastão e pedi que copiassem no caderno.
            Após terem copiado, dividi a turma em três grupos e distribui as sílabas contendo as palavras pré-selecionadas. Falei que eles deveriam descobrir as palavras e comparar com as que estavam no quadro. As crianças gostaram muito da atividade, que foi sugerida pela monitora Regina. Conforme iam montando, eu pedia para que fossem ao quadro circular as palavras. De tempo em tempo eu trocava as sílabas entre os grupos, para que todos tivessem acesso a todas as palavras. As crianças ficavam ansiosas para montar as palavras, não apresentando dificuldades e a medida que conseguiam montar, me chamavam correndo para que eu as pedisse para irem ao quadro circular as palavras.
            Ao meio dia, as crianças já haviam feito esta parte. Na volta do recreio, pedi que ilustrassem a história trabalhada no caderno. Eles fizeram com bastante entusiasmo, aproveitei e pedi para que escrevessem, nomeando cada figura: lobo, casa, enfim...
            Após todos terem terminado, me retirei da sala, com permissão da professora, levei-os para a quadra onde tem uma árvore, sentamos em círculo, e cada aluno recontou a história. Alguns pediam para ler no livro, então eu coordenava para que cada um lesse uma parte, pois alguns alunos queriam ler a história toda, mas o tempo não seria suficiente.
            Depois de aproximadamente vinte minutos retornamos à sala. Peguei uma parlenda (um, dois, feijão com arroz...), cantei com eles, mostrei-lhes (estava escrita no papel Kraft) selecionei a primeira frase e escrevi no quadro. Convidei-os para brincarmos de forca. Coloquei as palavras faltando algumas letras para que eles completassem. Combinei com a turma que a brincadeira era individual, pois, quem não cumprisse as regras iria para a “forca” . Fiz isso para que todos tivessem oportunidade de participar, pois, há alguns “saidinhos” que respondem tudo não dando vez para os outros colegas.
            Os alunos gostaram bastante da atividade, conseguindo completar corretamente as palavras e participando com interesse da atividade. Porém, após ter feito a primeira frase da parlenda, já estava se aproximando o horário da saída. Dessa forma encerrei a primeira parte da intervenção.      Abaixo, tem algumas fotos com alguns momentos da aula.



 Esssas palavras eu escrevi no quadro depois de contar a história para os alunos.











Confeccionei este envelopes para colocar as palavras recortadas em sílabas. Cada envelope continha seis palavras.







Dei um envelope para cada grupo, para que as crianças montassem as palavras que estavam escritas no quadro.










Conforme os alunos montavam as palavras, eu trocava as os envelopes, para que todos tivessem acesso a todas as palavras. 






As crianças gostaram muito de" brincar" com as palavras.













Conforme as crianças montavam as palavras, eu pedia que fossem ao quadro circular.



Aqui, os alunos estão retratando a história dos Três Porquinhos.



Essa aluno já desenhou os três porquinhos, agora está desenhando suas casas.




Nesta foto, estou segurando o cartaz  onde estava escrita a parlenda. Foi a última atividade do primeiro dia de intervenção nessa turma. Ao fundo, no quadro, a primeira frase da parlenda. Estávamos brincando de forca. 



24/11/2010                 Quarta-feira

Continuação da aula        
            Hoje, para introduzir a aula, li outra história para a turma. Desta vez, era um selecionado da internet. Falei que não tinha figuras, que eles deveriam imaginar as cenas. Mas antes de contar, introduzi o assunto perguntando se gostavam de frutas e quais conheciam.
            Eles disseram gostar muito e conforme diziam do que gostavam, eu ia escrevendo no quadro. Citaram várias: banana, morango, pêra, laranja, abacate, jaca, abacaxi, etc. Conforme eu escrevia, pedia que me dissessem de que maneira eu deveria escrever, me colocando como escriba. Eles ditaram todas as palavras corretamente, mas quando fui escrever abacaxi, alguns alunos ficaram confusos, dizendo que era com [ch], a mesma coisa aconteceu com a ameixa.
            Então, escrevi no quadro conforme eles disseram, e falei que iria consultar um amigo nosso chamado dicionário. Perguntei se eles o conheciam, disseram que não, então eu disse que ele é nosso amigo pois nos ajuda quando não conhecemos uma palavra. Localizei as palavras no dicionário (abacaxi e ameixa) e pedi para que lessem e me dissessem se era com [x] ou com [ch]. Depois de verificarem que era com x, pedi que copiassem todas as palavras no caderno. Foi interessante notar como as crianças se interessaram pela aula, pois, alguns alunos que demoram bastante para copiar, fizeram rapidamente as atividades propostas.
            Depois de terem feito isso, pedi para que prestassem atenção pois em seguida, faríamos uma atividade relacionada à história. O título da história: “A disputa das frutas”. Enquanto contava, as crianças interagiam, e aproveitei o tema para falar um pouco a respeito das diferenças, pois, as frutas tinham suas diferenças no sabor, na textura e se julgavam umas melhores que as outras, mas no final todas tiveram o mesmo valor, pois foram parar na tigela, numa salada de frutas.
            Depois que contei a história e conversei com as crianças, chegou o horário do recreio. Quando retornaram, entreguei a elas uma cruzadinha, para que completassem colocando o nome das frutas que estavam representadas por desenhos, e selecionassem duas frutas para escrever duas frases. As crianças tiveram um pouco de dificuldades para preencher a cruzadinha, pois se equivocavam na maneira de escrever, as vezes escrevendo de trás para a frente, as vezes de baixo para cima, de maneira que tive que orientá-los várias vezes.
            Para escrever as frases, também tiveram um pouco de dificuldades por que não sabiam como escrever certas palavras que se encaixavam na frase escolhida, e por várias vezes precisei orientá-los. A professora me ajudou nesse momento. As crianças fizeram a atividade com entusiasmo, querendo saber o que viria em seguida. Disse que quando terminassem de escrever, pintassem o desenho. Este momento durou uns quarenta minutos, depois que todos tinham terminado de escrever e pintar, fomos para outra atividade.
            Apresentei à turma um jogo, onde as crianças tinham que fazer atividades de leitura, escrita e operações matemática (soma e subtração). O jogo foi realizado em dupla que foi organizada por ordem alfabética. Como tinham sete alunos na sala, pois uma aluna havia saído mais cedo, o aluno que ficou por último na ordem alfabética, fez par com a professora. As crianças gostaram muito da atividade, as vezes ficavam afoitas e queriam fazer tudo sozinhas, esquecendo as regras do jogo que era em dupla. Porém, a medida que orientávamos as crianças, (a professora e a monitora acompanharam a atividade),  permaneciam interessadas e participando de forma entusiasmada.Conforme chegavam ao destino do jogo, eu premiava as duplas com um pirulito enfeitado, que confeccionei para eles. As crianças pediram para jogar novamente, mas não foi possível por que a professora precisava ensaiar uma música com eles para uma festa que aconteceria no dia seguinte na escola, Já eram 14:00 horas e estava próximo à saída, então me despedi da turma, agradecendo a professora e aos alunos os momentos que estivemos juntos, que foi de grande importância para mim.  

Abaixo, segue alguns momentos da aula.



Conforme as crianças falavam, eu escrevia no quadro as palavras. Utilizei letra bastão e cursiva.






Depois de terem copiado as palavras e ouvido a história, as crianças fizeram esta atividade.











A segunda parte da aula foi um jogo.  
Nesse jogo, as crianças liam, escreviam e resolviam questões matemáticas. Nossa brincadeira foi intitulada "A caminho do saber".



Partindo de casa para a escola. As crianças adoraram a atividade.

Uma ficha para cada dupla.






Assim, finalizei a proposta do estágio, muito satisfeita em ter conseguido cumprir as propostas da disciplina que foi fundamental na minha formação acadêmica.



























































sábado, 27 de novembro de 2010

Intervenção na turma do 5° ano

             Hoje, dia 03 de Novembro de 2010 dei minha primeira aula na turma do 5° ano. Estavam presentes 23 alunos. A professora me deixou bem à vontade para realizar o trabalho. Confesso que estava bastante ansiosa e preocupada devido à grande responsabilidade de estar diante de uma turma para lecionar pela primeira vez.  
                        Para iniciar a aula, primeiramente conversei com os alunos sobre a diversidade de gêneros textuais que circulam em nossa sociedade. Expliquei-lhes que para cada tipo de linguagem (oral e escrita), nos apropriamos de recursos diferentes. Por exemplo: quando queremos nos comunicar com pessoas distantes, podemos utilizar a carta, o e-mail ou falar ao telefone. A linguagem que utilizamos para falar pode variar da maneira como escrevemos, e a pessoa com quem falamos interfere na maneira como nos comunicamos. Não falamos com a professora ou com o diretor da escola da mesma forma que nos comunicamos com os nossos amigos ou parentes.
            Fui dialogando com a turma, procurando saber quais tipos de textos estavam mais familiarizados. Perguntei se costumavam acessar o e-mail e me surpreendi ao saber que eles desconheciam e disseram utilizar apenas o Orkut e o MSN. No início da conversa os alunos estavam meio retraídos, porém, durante a conversa foram ficando mais à vontade e cada vez mais participativos. Após essa conversa informal, que durou em média 20 minutos, fui listando no quadro, com a ajuda deles, alguns gêneros que comumente vemos circular nos lugares que passamos, explicando as especificidades de cada um – de uma maneira bem genérica - pois não seria possível querer fazê-los conhecer tudo em apenas dois dias.
            Levei alguns gêneros para apresentar à turma, como poemas, convite de casamento, contos, e dois suportes textuais: revista e jornal. Disse aos alunos que jornal e revista são suportes porque possuem vários tipos de textos dentro de suas estruturas. Após fazer as explicações, pedi que a turma se dividisse em grupos, com média de cinco integrantes em cada grupo. A turma organizou-se em quatro grupos, então distribuí revistas, jornais, e contos para que eles manuseassem, lessem e trocassem informações entre seus respectivos grupos.
            Pedi que trocassem os materiais entre os grupos para que todos tivessem acesso aos materiais. Depois de haverem feito isto, pedi para que selecionassem alguma notícia, ou história para que compartilhassem com a turma. Os alunos ficaram em média 30 minutos lendo, conversando e trocando as informações que liam, com a minha orientação, é claro, para que não fugissem do objetivo da aula.
            Depois de haverem selecionado o que cada grupo iria apresentar, lembrando que dei liberdade para que cada componente escolhesse o que queria, não sendo necessário apenas um texto para o grupo, da mesma forma que não era obrigado todos falarem, disse que procurassem entender  o que tinham selecionado para poderem compartilhar de maneira que os que não tivessem lido aquele texto, fossem capazes de compreender.
            Foi muito satisfatório perceber como eles se envolveram no propósito da aula.  Orientei para que quando estivessem apresentando, explicassem  qual gênero tinham escolhido e por quê. Percebi que eles escolheram fatos relevantes para serem compartilhados, tais como: Lei Seca, alcoolismo na adolescência, tráfico de armas e drogas, enfim, assuntos relacionados a questões sociais e políticas. Apenas uma aluna escolheu falar sobre um encarte de supermercado e outra escolheu uma tirinha, mas não quis comentar.
            Depois de haverem feito as apresentações, pedi para que cada grupo escolhesse um dos gêneros que havíamos falado e discutido para que eles elaborassem uma atividade. Após terem feitos suas escolhas, canalizei as produções (seguindo a orientação do meu professor de estágio) em torno de um único tema: amizade.  Chegou o momento do recreio, eles se retiraram da sala, e quando retornaram, demos continuidade às atividades.
            Os gêneros escolhidos pelos grupos foram os seguintes: poema, quadrinhos, convite e carta pessoal. Foi interessante notar que havia dois grupos em que um só tinha meninos e outro só meninas. Fiquei imaginando que o grupo das meninas escolheria “poema” e o dos meninos “quadrinhos”, porém, foi exatamente o inverso. Estive por todo o tempo circulando entre os grupos para ver como estavam realizando as tarefas. Por várias vezes eles entravam em atrito por encontrarem dificuldades de aceitar a idéia do outro, mas considerei aquele momento importante, pois eles estavam refletindo, pensando sobre o problema.
            A turma se mostrou bastante interessada, pedindo sempre o meu auxílio quando encontravam alguma dificuldade para elaborar os textos. A aula foi bastante produtiva, e o planejamento ocorreu conforme o previsto, pois, sabia que um dia não seria suficiente para concluir. Foi se aproximando o horário da saída, e eles já tinham feito basicamente o esboço de suas produções. Então, a professora pediu que guardassem o material e voltassem para os seus lugares, pois daríamos continuidade no dia seguinte.

Continuação do Projeto
            Hoje, dia 04 de Novembro de 2010, dei continuidade à aula no 5°ano, completando assim meu estágio nessa turma. Ao entrar na sala, a professora disse que eu ficasse à vontade para dar continuidade ao projeto. Então, esperei os alunos se acomodarem, pedi para que se agrupassem novamente, mantendo os mesmos grupos da aula anterior e formei um novo grupo com os alunos que tinham faltado ontem. Estavam presentes na sala 26 alunos, reunidos em  cinco grupos.
            Retomei o assunto a fim de situar os alunos que haviam faltado, para que pudessem participar da segunda parte das atividades, já que não seria possível repetir todas as atividades que havíamos feito ontem. O novo grupo escolheu o gênero receita, mas quando disse que todos teriam que abordar o mesmo tema (amizade), ficaram questionando como fariam uma receita de amizade, como mediriam um copo de amizade ou uma colher de amizade?
            Então lhes disse que confiava na criatividade deles, e orientei que poderiam sim fazer uma receita de amizade pensando não em quantificar de maneira concreta, pois, a felicidade é um sentimento abstrato, mas que pensassem em coisas que acreditavam ser fundamental para se conquistar uma amizade ou ser conquistado. A partir daí o grupo foi se envolvendo, por vezes um não compreendia o outro, mas foi muito significativo ver o envolvimento não só desse grupo, mas de todos os demais.
            Depois que os grupos concluíram as produções escritas na folha do caderno, pedi para que cada grupo escolhesse um componente para transcrever as produções no quadro a fim de fazermos a correção coletivamente. Depois de escrito, eu convidava a turma para lermos o texto juntos e daí eu provocava os alunos a perceberem como estava a grafia, onde faltava concordância, pontuação, enfim, de que maneira poderíamos deixar o texto mais bonito e completo. Foi outro momento que considerei muito importante, pois, eles tiveram a oportunidade de rever o que tinham escrito, interagir sem o medo de serem ridicularizados, pois, todos participavam do processo.
            Após a correção de todas as produções, pedi para que passassem o material produzido para a cartolina, a fim de ampliarem o texto para que cada grupo tivesse a oportunidade de visualizar as obras um do outro.
            Já estávamos chegando ao final da aula, então distribuí duas fichas para cada aluno, uma verde e outra vermelha, para que escrevessem suas impressões sobre a aula. Deveriam escrever na verde se aprovassem o projeto e a aula, e na vermelha se reprovassem alguma coisa. Disse que não precisavam se identificar, pois não queria constrangê-los e sim deixá-los à vontade para que dissessem realmente o que acharam. Pedi apenas para que se fosse menino, desenhasse um símbolo (uma pipa, ou uma bola) para que eu identificasse apenas o sexo. Porém, ao entregar as fichas muitos alunos me diziam; “não precisa me dar a vermelha, eu só quero a ficha verde”. Mas mesmo assim, eu insistia para que segurassem as duas, pois, não queria coibir nenhum deles.
            Para minha surpresa, quando me devolveram, percebi que todos haviam escrito na ficha verde. Confesso ter ficado bastante emocionada, pois, não imaginava que pudesse ter sido tão proveitoso para eles. Pedi a professora que também fizesse a avaliação dela , e ela disse que traria por escrito para mim no dia seguinte. Dessa forma, encerrei minha participação na turma do 5° ano muito feliz e realizada pela difícil, porém agradável experiência.

Veja abaixo, alguns momentos da aula.

Este é um soneto de Luís de Camões.
Levei para os alunos como um dos tipos de textos a serem trabalhados na aula.




Neste momento, os alunos estavam lendo e
comentando os textos. Pedi para que levantassem os
jornais e revistas, para que eu pudesse fotografá-los, sem que seus rostos aparecessem.







Aqui eles continuam lendo e comentando. Os alunos gostaram bastante da atividade.








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Neste momento, os alunos estavam passando suas produções para a cartolina. Acima - história em quadrinhos e abaixo - convite para uma festa entre amigas. Achei o máximo!

 


               O grupo que escolheu o gênero "carta pessoal" fez  uma linda carta para a professora da turma.  Já o grupo dos meninos, escolheu o gênero "poema". Estavam inspirados!

         
 

Relatório do sexto dia na turma do 1° ano

Relatório do quarto dia na turma do 1° ano

28/10/2010                 Quarta aula                 1° ano

            Há doze alunos na turma. Para introduzir a aula de Língua Portuguesa, a professora fez o desenho de uma escola e disse que iria ensinar a família da frigideira (as – es – is – os- us).   Ao lado do desenho, colocou  a família em letra bastão e em letra no formato desta (Times New Roman), explicando que é aquela letra que tem na revista.
            Depois que escreveu, explicou aos alunos como se lê, indagando aos alunos: O [s] está na frente ou está atrás? As crianças responderam – atrás. Então como é que se lê? Pronunciou e pediu para que as crianças repetissem.
            Depois, fez um teste de leitura, escrevendo uma sequência de palavras, colocando um quadradinho ao lado para que as crianças numerassem de acordo com o que fosse pedido. A lista de palavras foi a seguinte:
PASTA                                  PISTA
MOSCA                                 MISTO
ESTA                                     ESCOVA
ESQUILO                             VISTA
MOSQUITO                          BISCOITO
SUSTO                                  PESCADOR
            Enquanto os alunos copiavam as palavras, a O.P. veio chamar alguns alunos para o teste de leitura. O primeiro aluno eu não acompanhei, mas quando veio chamar o segundo, fui até a sala onde estava a orientadora e pedi para observar. Chegando lá, a O.P. pediu para que ele lesse algumas palavras e depois escrevessem outras.
Havia algumas palavras simples, compostas de consoante e vogal, que o aluno leu sem nenhuma dificuldade. Já as palavras mais complexas, deixaram-no meio confuso. Por exemplo: para ler a palavra caranguejo, ele disse: ca – (na hora de ler o ran, não conseguia pronunciá-la), esforçou-se bastante, refletindo sobre as possibilidades e escreveu canãndego.  
A O.E. iria continuar o teste de leitura com outros alunos, mas precisou se ausentar para resolver outras questões e adiou para outro momento o teste de leitura.
Quando voltei à sala, a professora estava avisando aos alunos para que copiassem direito as palavras, pois, ela iria ditar os números para que eles lessem e as identificassem.
Neste momento, algumas crianças já tinham conseguido copiar, outras ainda estavam copiando, então a professora disse que iria ditar para os que já tinham copiado, e quem ainda não tivesse terminado, ela ditaria depois.
Quando começa a ditar os números, algumas crianças ficam aflitas, por que demoram a identificar qual palavra está sendo dita pela professora, que corresponda ao número pedido. A professora deixou duas palavras sem o número, para que ao fim do ditado, eles descobrissem quais foram e escrevessem duas frases - uma com cada palavra. Chega o momento do recreio, a professora libera a turma, dizendo que após continuariam.
De volta do recreio, a professora pede que os alunos levem o caderno para que possa corrigir. Os alunos que não tinham terminado antes do recreio de copiar, terminaram, era aproximadamente 12:00 e trinta minutos,   e a professora pediu para que eu ditasse os números para eles, enquanto corrigia o caderno dos demais que já haviam terminado. Alguns alunos conseguem acertar tudo, outros se confundem, trocando uma palavra por outra. A professora mostra quais foram as palavras erradas, pede para que consertem e na hora de formular a frase, pede para que eles pensem o que gostariam de escrever. As duas palavras que deveriam formar as frases eram: susto e mosca.
Depois de fazerem as frases, levam o caderno para a professora, que corrige os erros. Enquanto isto, o aluno autista estava fazendo um exercício em que deveria ligar às vogais escritas em letra cursiva às vogais escritas em letra bastão. O aluno que se senta junto à professora estava desde o início da aula, tentando copiar e ainda não tinha saído do cabeçalho.
            Depois que as crianças conseguiram terminar esta atividade, a professora distribuiu uma folhinha para que as crianças lessem as palavras, era 13:00 e cinco minutos - e depois colocassem um símbolo, indicando se gostam, não gostam ou adoram os alimentos contidos na folhinha. Enquanto tentam fazer este exercício, a professora tinha pedido que o aluno autista escrevesse seu nome, e depois, fui ver o seu caderno, e a professora verificou que ele havia conseguido fazer o seu nome com autonomia.  
            Esta atividade durou em média uns quarenta minutos, pois, cada um fazia a atividade segundo seu próprio ritmo, tentando decifrar os códigos lingüísticos, e estão sempre com dúvidas, perguntando: tia, como se lê isto (se referindo a alguma sílaba que não conseguem pronunciar). Depois de completarem as atividades, apresentam as folhinhas à professora, que observou se haviam feito ou não, e pediu para que colassem no caderno.
            Os alunos que conseguiam concluir a tarefa, a professora pediu que fizessem de 0 a 30. Já eram 14:00 e quinze minutos, então, a medida que iam terminando, guardavam o material, para esperarem o horário da saída.

Terceira aula na turma do 1° ano

27/10/2010                 3ª aula             1° ano

            Hoje, a professora faltou, então, quem lecionou para a turma foi a professora da sala de leitura. Há nove alunos na sala. Para iniciar a aula, ela me pediu que a ajudasse a colar no caderno das crianças uma atividade que trabalhava a letra [m], contendo a família em letra cursiva e em letra bastão.
            As crianças deviam ler a família da letra [m], depois copiar a letra minúscula e maiúscula nos dois tipos acima citados. As crianças que iam terminando levavam o caderno para a professora ver. As crianças não apresentaram nenhuma dificuldade em fazer os exercícios, pois, a atividade  que foi realizada com as crianças foi algo que elas já tinham feito. Com exceção do menino que ficará retido por que não consegue acompanhar o ritmo da turma (por questões familiares) que já mencionei no relatório sobre o perfil da turma, todos os demais conseguiram fazer as tarefas, lembrando que hoje faltaram o aluno autista e o menino que se senta junto à mesa da professora.
            Esta atividade durou até o horário do recreio, quando voltaram à sala, a professora distribuiu folhas em branco para que eles pintassem e desenhassem livremente. Algumas crianças fizeram desenho do arco-íris, com montanhas, flores, outras desenharam a família, outros desenharam um animal de estimação, enfim, cada um desenhou e pintou o desenho que escolhera fazer livremente.
            Enquanto estavam desenhando, a professora precisou se retirar da sala, pois, estava cuidando de outras coisas, e me pediu para dar uma olhadinha na turma. Os alunos que iam acabando de desenhar e pintar, ficavam com o tempo livre, então, me pediram para brincar com os brinquedos que ficam numa caixa de papelão, no canto da sala. Eu os permiti brincar. Depois de terem brincado por aproximadamente uns vinte minutos, pedi a professora que me trouxesse alguns livros de histórias. Eram 14: 00 horas.
            Ela trouxe a quantidade de livros de acordo com o número de alunos, ou seja, nove livrinhos. Então, antes de entregar aos alunos, mostrei-lhes a capa, disse que toda história tem um autor, explicando que o autor é quem escreve o livro, e disse que tem também o ilustrador, que é aquele que faz as imagens que tem no livro.
            Depois deste momento, distribuí um livro para cada aluno para que eles olhassem e manuseassem. Alguns alunos quando pegavam o livro queria trocá-lo por outro. Os livros eram todos de uma mesma coleção, contendo muitas ilustrações e histórias curtas.
            Depois, pedi que cada aluno abrisse o seu livro na primeira página e descrevesse o que viam nas imagens. Eles gostaram muito de contar as histórias, e ficavam ansiosos mas, cada um tinha que esperar a sua vez para poder contar.
            Alguns alunos ficavam pedindo para que eu os chamasse logo, a fim de contarem suas versões. Á medida que descreviam suas impressões na primeira página, eu pedia que passassem para a próxima. Um aluno que antes não queria o livrinho, depois mudou de idéia e me disse: “tia, eu também quero contar”.
            Eles gostaram bastante da atividade, e depois me pediram para fazer o mesmo com outros livrinhos, porém, já estava próximo ao horário da saída, então, pedi que guardassem o material, e os liberei para que fossem para o pátio, conforme o costume da escola, para que esperassem os responsáveis.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Relatório do quinto dia na turma do 1° ano

 28/10/2010                 Quinta-feira                1° ano

            Hoje é aula de matemática. Há dez alunos na sala. Para iniciara aula a professora passou contas de adição.  Foram as seguintes:
  2          3         2          2          5          4          1          5          4
+1        +2        +0        +2        +2        +0        +1        +0        +4

            Depois que passou as continhas, foi ao quadro, pegou a 1ª continha como exemplo e ensinou as crianças. Perguntou a eles “Quanto tem aqui?” Apontando para o número 2. “Depois perguntou: quanto tenha ali?” Então juntando tudo quanto vai dar? As crianças responderam, algumas corretamente, outras não. A professora disse para que eles fizessem as outras contas.
            As crianças levam em média uns 15 minutos para copiarem o cabeçalho, porém, percebi que enquanto as crianças copiavam o cabeçalho e as continhas, um dos alunos da turma  que gosta muito de matemática, estava se            apressando para resolver as contas. Fiquei surpresa ao ver o interesse dele pelo exercício. Às 11:30 minutos ele já tinha acabado de fazer o exercício, enquanto outras crianças ainda estavam fazendo as atividades, outras ainda copiando.
            A professora pediu que ele fizesse de 0 a 30 enquanto o restante da turma terminava. Por volta de 11:50 minutos as crianças estavam terminando, o aluno que a professora tinha pedido para fazer de 0 a 30 também já tinha acabado, então a professora disse que estava se aproximando a hora do recreio, pediu para que guardassem o material e esperou tocar o sinal.
            De volta do recreio, fez a correção no quadro das continhas, junto com os alunos e passou a segunda atividade.
2 - Diminua
  3        2           1        5           6        3
-2         -2         -0         -4         -3         -3
3 – Complete as carreiras dos números:
0          10        20        30
            As crianças tiveram mais dificuldades para resolver as contas de subtração. A professora fez o mesmo procedimento, ensinou a primeira continha e pediu que resolvessem as demais. Sempre que têm dúvidas pedem auxílio à professora e a mim. Depois de aproximadamente 40 minutos as crianças conseguiram fazer as atividades,  cada uma no seu ritmo. A medida que terminavam, a professora dava uma folhinha com duas frases para que as crianças copiassem, substituindo as figuras pelas palavras.
            Depois deste exercício, deu outra folhinha para que associassem as figuras aos nomes, ligando. Era uma lista de animais. As crianças tiveram um pouco de dificuldades em reconhecer os animais por que os desenhos não estavam nítidos, muito pequenos, o que dificultou as crianças visualizarem e identificarem.
            A professora diz que o material da escola é muito precário, então, ela aproveita folhas de ofício já utilizadas, divide em tiras e mimeografa para poder ajudar nas aulas.
            Depois que as crianças fizeram as atividades, ela corrigiu as contas de subtração no quadro, esperou as crianças corrigirem, pediu os cadernos para verificar se estava tudo ok, passou uma folhinha com exercícios para casa, pediu para os alunos guardarem o material e esperarem o horário da saída.