sábado, 27 de novembro de 2010

Relatório do quarto dia na turma do 1° ano

28/10/2010                 Quarta aula                 1° ano

            Há doze alunos na turma. Para introduzir a aula de Língua Portuguesa, a professora fez o desenho de uma escola e disse que iria ensinar a família da frigideira (as – es – is – os- us).   Ao lado do desenho, colocou  a família em letra bastão e em letra no formato desta (Times New Roman), explicando que é aquela letra que tem na revista.
            Depois que escreveu, explicou aos alunos como se lê, indagando aos alunos: O [s] está na frente ou está atrás? As crianças responderam – atrás. Então como é que se lê? Pronunciou e pediu para que as crianças repetissem.
            Depois, fez um teste de leitura, escrevendo uma sequência de palavras, colocando um quadradinho ao lado para que as crianças numerassem de acordo com o que fosse pedido. A lista de palavras foi a seguinte:
PASTA                                  PISTA
MOSCA                                 MISTO
ESTA                                     ESCOVA
ESQUILO                             VISTA
MOSQUITO                          BISCOITO
SUSTO                                  PESCADOR
            Enquanto os alunos copiavam as palavras, a O.P. veio chamar alguns alunos para o teste de leitura. O primeiro aluno eu não acompanhei, mas quando veio chamar o segundo, fui até a sala onde estava a orientadora e pedi para observar. Chegando lá, a O.P. pediu para que ele lesse algumas palavras e depois escrevessem outras.
Havia algumas palavras simples, compostas de consoante e vogal, que o aluno leu sem nenhuma dificuldade. Já as palavras mais complexas, deixaram-no meio confuso. Por exemplo: para ler a palavra caranguejo, ele disse: ca – (na hora de ler o ran, não conseguia pronunciá-la), esforçou-se bastante, refletindo sobre as possibilidades e escreveu canãndego.  
A O.E. iria continuar o teste de leitura com outros alunos, mas precisou se ausentar para resolver outras questões e adiou para outro momento o teste de leitura.
Quando voltei à sala, a professora estava avisando aos alunos para que copiassem direito as palavras, pois, ela iria ditar os números para que eles lessem e as identificassem.
Neste momento, algumas crianças já tinham conseguido copiar, outras ainda estavam copiando, então a professora disse que iria ditar para os que já tinham copiado, e quem ainda não tivesse terminado, ela ditaria depois.
Quando começa a ditar os números, algumas crianças ficam aflitas, por que demoram a identificar qual palavra está sendo dita pela professora, que corresponda ao número pedido. A professora deixou duas palavras sem o número, para que ao fim do ditado, eles descobrissem quais foram e escrevessem duas frases - uma com cada palavra. Chega o momento do recreio, a professora libera a turma, dizendo que após continuariam.
De volta do recreio, a professora pede que os alunos levem o caderno para que possa corrigir. Os alunos que não tinham terminado antes do recreio de copiar, terminaram, era aproximadamente 12:00 e trinta minutos,   e a professora pediu para que eu ditasse os números para eles, enquanto corrigia o caderno dos demais que já haviam terminado. Alguns alunos conseguem acertar tudo, outros se confundem, trocando uma palavra por outra. A professora mostra quais foram as palavras erradas, pede para que consertem e na hora de formular a frase, pede para que eles pensem o que gostariam de escrever. As duas palavras que deveriam formar as frases eram: susto e mosca.
Depois de fazerem as frases, levam o caderno para a professora, que corrige os erros. Enquanto isto, o aluno autista estava fazendo um exercício em que deveria ligar às vogais escritas em letra cursiva às vogais escritas em letra bastão. O aluno que se senta junto à professora estava desde o início da aula, tentando copiar e ainda não tinha saído do cabeçalho.
            Depois que as crianças conseguiram terminar esta atividade, a professora distribuiu uma folhinha para que as crianças lessem as palavras, era 13:00 e cinco minutos - e depois colocassem um símbolo, indicando se gostam, não gostam ou adoram os alimentos contidos na folhinha. Enquanto tentam fazer este exercício, a professora tinha pedido que o aluno autista escrevesse seu nome, e depois, fui ver o seu caderno, e a professora verificou que ele havia conseguido fazer o seu nome com autonomia.  
            Esta atividade durou em média uns quarenta minutos, pois, cada um fazia a atividade segundo seu próprio ritmo, tentando decifrar os códigos lingüísticos, e estão sempre com dúvidas, perguntando: tia, como se lê isto (se referindo a alguma sílaba que não conseguem pronunciar). Depois de completarem as atividades, apresentam as folhinhas à professora, que observou se haviam feito ou não, e pediu para que colassem no caderno.
            Os alunos que conseguiam concluir a tarefa, a professora pediu que fizessem de 0 a 30. Já eram 14:00 e quinze minutos, então, a medida que iam terminando, guardavam o material, para esperarem o horário da saída.

Nenhum comentário:

Postar um comentário