terça-feira, 2 de novembro de 2010

Relatório da oitava aula

18/10/2010      Segunda-feira             8ª aula             5° ano

            Há na sala 16 alunos, um número bem abaixo da média da turma, possivelmente por causa da chuva e do feriado prolongado. Minha intenção era iniciar o estágio no 1° ano. Porém, não foi possível por que já estão duas estagiárias na turma, a sala é muito pequena, então, achei melhor vir para o 5° ano e começar o estágio lá quando as outras estagiárias tiverem terminado.
            Dessa forma, quando cheguei à sala do 5° ano, a professora já havia passado no quadro os seguintes conceitos e exercícios:
            - Conjunção – é a classe gramatical que liga palavras ou orações. São conjunções: e, nem, ou, mas, porém, todavia, logo, enquanto, se, como, conforme, a fim de, quando etc.
            As orações abaixo são ligadas por conjunções:
1-      Copie no caderno o verbo das orações e a conjunção que liga as duas orações.
a)      Os alunos  já fizeram a prova, mas a professora só dará a nota amanhã.
b)      As aulas terminaram mais cedo e os alunos já foram para casa.
c)      Os pais estão felizes porque seus filhos são saudáveis.

2-      Copie no caderno as frases usando estas conjunções: quando, enquanto, mas.
a)      Minha avó chorou muito --------- assistia ao documentário na TV.
b)      Os imigrantes enfrentaram dificuldades ----------- vieram para o Brasil.
c)      Meu pai teve uma infância difícil, -----------guarda boas recordações do tempo de criança.

3-      Copie as orações ligando-as com conjunções.
a)      Ninguém esperava ------- o Brasil ganhasse tantas medalhas.
b)      B) Minha família irá a praia ----- não chover.
c)      C) Quero comprar esse livro, ------ não tenho dinheiro.
Após ter passado esses exercícios, a professora esperou uns 20 minutos para que os alunos fizessem as atividades. Depois, foi ao quadro para fazer a correção, leu para os alunos os enunciados. Quando chegou nos exercícios, pediu que os alunos dissessem quais eram os verbos e as conjunções. Alguns alunos não tinham entendido, pensando que deveriam acrescentar uma palavra para ligar a frase. A professora esclareceu que não era daquele jeito, e que os alunos deviam identificar quais eram as conjunções, baseando-se nos exemplos dados no texto.
            Prosseguiu fazendo a correção e explicou apenas uma vez. Após 10 minutos de correção, veio o recreio. De volta a sala, a professora pediu que os alunos, de um em um, levassem o caderno para que ela desse o visto. Quando percebe alguma coisa errada, ou alguma atividade que foi deixada em branco, pergunta se o aluno está enxergando bem do lugar onde o aluno está sentado, apontando o erro para que o aluno refaça. Enquanto verifica os cadernos, escolhe sempre algumas alunas para colocarem as respostas no quadro e depois, torna a chamar os alunos que não tinham feito as atividades anteriormente para verificar o caderno.
            Após este momento, a professora passou um ditado com as seguintes frases:
1-      Ana chegou em décimo primeiro lugar na corrida.
2-      José tem trezentos e vinte e seis figurinhas.
3-      3- Estamos no ano de dois mil e dez.
4-      Juliano tem quinhentas e quinze bolas de gude.
5-      Julia ganhou o dobro de brinquedos de Lara.
Depois do ditado, a professora pediu que os alunos trocassem os cadernos com os colegas vizinhos. Então, foi ao quadro, escreveu as frases e chamou os alunos para que levassem os cadernos a fim de fazer a correção. Quando passou as frases no quadro, disse que os alunos não deveriam alterar em nada o que o colega havia feito, para que pudesse localizar onde os alunos haviam errado. Depois de corrigir os cadernos, a professora fez a devolução de um trabalho que havia solicitado à turma, mandou que guardassem o material e esperassem o sinal da saída.
      Quero porém relatar que durante a correção, a professora não discute, não pergunta nem estimula os alunos a refletirem sobre as tarefas. Ela simplesmente coloca as respostas no quadro e encerra a questão. Acredito que esta atitude deixe os alunos com muitas dúvidas, pois, não há reflexões sobre as atividades, nunca vejo um aluno perguntar nada sobre a matéria para a professora, e acredito que este fato se deva ao modo como ela ensina.
 Ao analisar a postura da professora diante da turma, me lembrei do texto “Professora-pesquisadora – uma práxis em construção” e percebi que a perspectiva de ensino da mesma não ocorre dentro de uma visão questionadora, porque não há uma inquietação sobre sua prática. Digo isto porque não acredito que um professor que questione sua prática se dê por satisfeito lançando conteúdos em cima de uma turma, sem realizar com os alunos um mínimo diálogo em torno dos conteúdos trabalhados. Segundo o texto, “o movimento permanente de questionamento e aprofundamento visa a ajudar o/a professor/a a entender melhor e redimensionar seu cotidiano.”(2002 p.22).
Desta forma, acredito que a formação continuada pode ser um meio de auxiliar um professor comprometido com sua prática a ponderar sobre suas ações e buscar novos caminhos a fim de aperfeiçoar sua postura enquanto educador. Um professor–pesquisador não lançará conteúdos apenas para cumprir o currículo, ele provocará nos alunos um senso crítico por que o seu fazer também se pauta numa visão crítica.

Referência Bibliográfica:
Maria Teresa Esteban e Edwiges Zaccur (orgs.) Porofessora-pesquisadora – uma práxis em construção. Rio de Janeiro; DP&A, 2002. p.11-24.

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