terça-feira, 2 de novembro de 2010

Relatório sobre o terceiro dia de estágio supervisionado II na sala de aula

     
            Segunda-feira                       20/09/2010                 3° dia              5° Ano

Hoje é prova de Língua Portuguesa, alguns alunos foram trocados de lugar. Há na sala 28 alunos, sentados enfileirados. A professora esperou os alunos retirarem o estojo da mochila e por volta das onze horas e trinta minutos, aplicou a prova.
Após aplicar a prova, leu para os alunos, pedindo que prestassem atenção, sem dar explicações, apenas expressando os conteúdos contidos na prova. Os alunos levaram em média duas horas para realizarem a prova, alguns acabaram antes, outros ficaram até o último instante tentando responder. 
Durante a realização da prova, aparentaram encontrar dificuldades, pois, alguns alunos olhavam para o lado, ora para cima ou para o chão, como se estivessem tentando encontrar alguma forma de solucionar as questões.
Após o tempo destinado para os alunos realizarem a prova, veio o intervalo. De volta à sala, a professora perguntou quem havia trazido o livro de Português - dos alunos presentes apenas seis disseram possuir o livro e apenas três trouxeram o livro para a escola. Com base nesta informação, a professora resolveu passar os exercícios no quadro para que os alunos pudessem fazer as atividades.
A professora passou um pequeno poema no quadro com o título: “Companheiro fiel” de Ferreira Guillar, que segue descrito abaixo:
Se à mesa me sento a escrever poesia
e da sala me ausento pela fantasia,
Volto à realidade quando, sem querer,
 toco de revés uma coisa macia.
Já sei, não gasto dez: é o gatinho que sem eu saber
 veio de mansinho deitar-se aos meus pés. 
 Em seguida, pediu aos alunos que respondessem as seguintes questões:
a)      Quem é o companheiro fiel?
b)      Você tem um companheiro fiel?
c)      Desenhe seu (a) companheiro(a).
 Após algum tempo, aproximadamente vinte minutos decorridos em relação ao tempo que iniciaram a copiar do quadro, uma aluna informou à professora que já havia terminado a tarefa, então, aproveitei a oportunidade para interagir com a turma e perguntei a aluna se eu poderia dar uma olhada no que ela havia feito.
A aluna respondeu-me positivamente, então me aproximei dela, olhei tudo o que ela havia feito, elogiei o desenho e pedi que me contasse sobre o que ela havia escrito. Eu já tinha percebido que muitas palavras escritas traziam marcas da oralidade, então, procurei ajudá-la sem dar as respostas certas diretamente, mas fazendo-a refletir sobre a escrita. Por exemplo, a aluna disse que “sua prima foi brinca no quintal”, então, falei-lhe que embora a pronúncia seja feita desta maneira, a escrita deve obedecer a um padrão, então perguntei como ela conjugaria o verbo, e ela respondeu: “brincar?” Eu disse que estava correto.
Depois deste momento, outras alunas também solicitaram a minha ajuda, pude então constatar que a maior parte delas havia cometido os mesmos erros, sempre relacionados à oralidade, como verbos conjugados erradamente, confusão no uso do s, ss ou ç, entre dificuldades também na pontuação.
Aproveitei este momento para interagir com o maior número de alunos possível, orientando no que era possível, sempre com intervenções relacionadas à escrita.
            Enquanto me aproximava dos alunos, a professora estava sentada à mesa, fazendo algumas anotações, acredito que se tratava de algum relatório. De repente, a professora cita o nome de quatro alunos, chamando-lhes a atenção, dizendo que deveriam tomar cuidado, pois, estavam com muitas notas vermelhas.
            Esta fala da professora, me fez refletir sobre a perspectiva da classificação do aluno. Acredito que sua fala causou certo constrangimento nos alunos, pois, embora não tenham reclamado nada, é possível que tenham se sentido diminuídos diante da turma, já que a professora os expôs a uma situação no mínimo desagradável.   
            Depois de aproximadamente quarenta minutos, a professora pediu a dois alunos que lessem o poema no quadro - não houve hesitação por parte dos alunos para fazer a leitura. Acreditei que ela aproveitaria o momento para que houvesse alguma socialização da escrita entre os alunos, mas não houve nenhuma interação, a professora os chamou para que levassem o caderno à sua mesa para ela dar o visto. Depois de verificar todos os cadernos, já se aproximava o horário da saída, então, pediu a uma aluna para entregar as carteirinhas, e disse  que guardassem o material.


Obs.: Segue abaixo a prova que os alunos realizaram hoje.









                                                                                                                                                     
      

Nenhum comentário:

Postar um comentário